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Literatura Colonial Portuguesa

Literatura Colonial Portuguesa

19.10.11

Capelo e Ivens - De Benguella ás Terras de Iácca (I)


blogdaruanove

 

Hermenegildo Capelo (Hermenegildo Carlos de Brito Capelo, 1841-1917) e Roberto Ivens (1850-1898) - De Benguella ás Terras de Iácca: Descripção de uma Viagem na Africa Central e Occidental, volumes I e II (1881).

 

Primeira grande obra destes consagrados exploradores, De Benguela ás Terras de Iácca poder-se-á incluir na literatura de viagens, quando se confere a esta expressão um sentido lato.

 

De facto, esta obra, resultante da comissão oficial para que os autores, juntamente com Serpa Pinto (1846-1900), foram nomeados em 1877, apresenta um conjunto de registos geográficos, cartográficos e etnográficos com intenções políticas implícitas e bem definidas.

 

No entanto, muita da literatura colonial das décadas de 1920 e 1930 que entrecruza o registo jornalístico com o registo histórico tem subjacente quer este período das explorações por terra, quer os factos que depois se sucederam até ao Ultimato de 1890 e ao embate com Gungunhana e os Vátuas, em 1895.

 

Uma das obras dessa época que remete directamente para esta realidade do último quartel do século XIX, fazendo a ligação com o espírito colonial e imperial que o Estado Novo viria a alimentar, é A Derrocada do Império Vátua (1930), de Julião Quintinha (1885-1968), galardoada com o Prémio de Literatura Colonial.

 

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